terça-feira, 29 de março de 2011

Amadurecimento Para com Todos

Muito sempre eu me senti intenso
Muito intenso
Muita dor, muito amor
Muita raiva, muito descanso.

Eu parei, para não sentir
Não senti raiva, não senti alivio
Não senti amor, nem dor
Nenhuma intensidade me veio.

Meus sonhos enfatizaram-se
Em uma constante que parecia não ter fim
E assim acho que quero manter
Mas estou errado.

Isso tudo é a luz da experiência
Que me fez acordar para o verdadeiro
E agora sei que sou livre
E manterei os meus sentimentos livres.

O Verdadeiro amor está na verdade!
Para com o outro e a si mesmo.
O amor honrando e justo é aquele
Que faz o equilíbrio.
Para com o outro e a si mesmo.

Muito sempre eu me senti intenso
E depois parei para não sentir.

J. P. Morgado

Thiago Pethit - Nightwalker

Ninguém

Quem são?
Alguns estão perto de descobrir,
Outros nem tanto.

Buscam pela inspiração!
Será esse o erro? Se o todo é feito de sentimentos, o todo?

Quem sabe, porém, para muitos não são nada, já que eles não vêem nada, mas ainda sim tudo sem sequer cogitar a idéia de existência diferenciada.

Quem sabe, até gostamos!
Essa falta de característico é o que os faz humanos de verdade!
O sol nublado faz a cor de um coração não poético mais vivo que um dia não estrelado!

J. P. Morgado

quinta-feira, 24 de março de 2011

O Eterno Retorno, de Nietzsche

E se, um dia ou uma noite, um demônio viesse introduzir-se na tua solidão e dissesse:
“Esta existência, tal como você a viveu até aqui, será necessário recomeçá-la sem cessar, sem nada de novo, muito antes pelo contrário. A menor dor, o menor prazer, o menor pensamento, o menor suspiro, tudo o que pertence à vida, voltará ainda a repetir-se, tudo o que nela há de indizivelmente grande e de pequeno, tudo voltará a acontecer e voltará a verificar-se na mesma ordem, seguindo a mesma impiedosa sucessão…esta aranha também voltará a aparecer, este lugar entre as árvores, e este instante, e eu também! A eterna ampulheta da vida será invertida sem descanso, e tu, com ela, infinita poeira das poeiras.” Você não se lançaria por terra rangendo os dentes e amaldiçoando este demônio? A menos que você já tenha vivido este instante prodigioso em que lhe responderia: “Ora, você é um Deus, nunca ouvi palavras tão maravilhosas!”
Se este pensamento o dominasse, talvez você fosse transformado ou talvez aniquilado. Você se perguntaria a propósito de tudo. “Você quer isso? E querer outra vez? Uma vez? Sempre? Até ao infinito?” E esta questão pesaria sobre você com um peso decisivo e terrível! Ou então, ah! Como será necessário que você se ame e ame a vida para nunca mais desejar outra coisa do que esta suprema confirmação”!
(Friedrich Nietzsche)
O filósofo alemão, em "A Gaia Ciência" (parágrafo 341 – O peso mais pesado)

• E aí? Você escolheria retornar à vida, com tudo o que nela tinha; sem nenhuma alteração?
• Ou você escolheria deixar de existir?

Fonte: Falhosofias

sábado, 19 de março de 2011

Bonecos Chineses no Sarau das 9:00 as 11:00

Parte 01


Parte 02

Chuva em Perséfone

A chuva sobe e sinalizando a todos que ainda está ai
E leva com ela tudo, tudo que só ela tem direito

Faz-se voz
Faz-se vida
Faz-se imagem
E luz contraída

E ela sobe
E como vai o caráter de quem se passou? Nela sobe tudo o que se foi bom, e quem sabe, aqueles que se fazem bom a ela.

Esta grita com uma ensurdecia que se fazia mulher, mulher dela mesma, com quem apenas queria casar-se a si mesma. Com seu ultraje tornou-se sonoramente deslumbrante a qualquer homem que a ouvisse trajada de maneira a não ser totalmente ela.

Baila comigo a noite toda na nossa cama, pois essa chuva é nossa e nela levara-a todo sentimento. Precisamos ser precisos no que sentimos, e assim cada vez mais insanos essa chuva nos leva para a nossa querida filha conhecimento.

Encarnação do ser que te leva da realidade. E a loucura qualquer chega a sua intensidade no momento em que os olhos se dilatam em imposição do ser na sua mais astuciosa beleza Perséfonica.

Agora ela vai, e será que volta, quando volta? Será que sua luz, emanada dos confins da vida voltaram para fazer de mim seu objeto de desprezo novamente. Não temo, ah, mas como eu queria temer-te, de verdade o teu brilho, e assim dividir comigo, junto a minha para ti, agora estamos completamente ocupados da mais pura insanidade que nos toma em meio a um sarau.

A chuva é voz, é vida, é imagem é luz.
Vou buscar-te, um dia quem sabe!


J. P. Morgado

Procura-se Devaneios

Não gosto do título!
Daquilo que me foi imposto na minha concepção
Suas mentes estão prontas para essa ideologia

Desde quando ateísmo virou pandemia?
Onde estão os críticos?
Aqueles que mudam a sociedade
De tal maneira...

Glorificamos mercenários e anti semitas
Elogiamos sem ser elogiados

Onde está a ideologia pública?
Se é que isso, um dia, chegou a existir, ou coexistir.
Quero ao meu lado só os bobos que querem mudar o mundo

Os egocêntricos estão fazendo isso por nós
Usufruem desse mundo sem saber o que é mundo,
E seu conhecimento é suficiente para apenas viver nele

Quero desistir, onde acaba esse mundo? Vou no próximo!
Nossa, mas já?

J. P. Morgado