Era uma vez um ser…
Não se sabe o sexo deste ser
Mas sabe-se que é um ser… pensante
Descria-se em tudo
Pois era livre
E acreditava-se em tudo de si mesmo
Alguns anos se passam
E ele não mais transvestia-se em vestes comuns
E algum tempo mais tarde já vestia mais nada
Passava-se nu, todo o tempo
Logo seus pelos de todo o seu corpo param de crescer
Ficaram apenas os da cabeça, longos, enormes cheios de cachinhos
E por muito tempo foi assim até que um dia, tudo caiu e ficou careca.
J. P. Morgado
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