sábado, 2 de julho de 2011

Solidão




Na tarde de sol fresco um jovem passando pela parte aberta da cidade é paralisado por forças as quais naquele instante ele desconhece, e que dificilmente um dia irá descobrir. Uma forma estranha e preta se forma ao redor dele, e sua imagem some para todos que estão ao redor e assim fica por um bom tempo, um algo escuro denso e aparentemente maciço. Passa-se o tempo e gritos horrendos são ouvidos, do lado de fora todos se perguntava – O que houve com o garoto? Que coisa é essa? Que gritos são esse – Que gritos são esses… É torturante só de ouvi-los, e vinham de dentro da coisa, era como se o garoto estivesse ali dentro sendo torturado. Seus gritos eram bravos e esgoelados, davam a impressão de que sua morte era próxima, e muitos dos que estava ali se perguntavam como alguém sendo tão torturado ainda consegue ficar vivo por tanto tempo?
Com o passar da tarde a coisa que impedia que qualquer pessoa adentrasse nela foi se desfazendo, até que se viu o garoto estendido no chão, do mesmo modo que estava quando passeava pela praça anteriormente, ele estava desacordado e aos poucos ia recobrando a consciência. Quando abriu seus olhos, viu todas aquelas pessoas ao seu redor, e quando olhou para seu corpo viu-se todo ensanguentado, em suas costas havia uma dor demasiadamente mortífera, ele não aguentava de tanta dor e com tanta gente lhe socorrendo, tocando em feridas que estavam por todo o seu corpo ele começou a exclamar de dor, a dor era tanta que sua garganta quase ficou rouca de tanto que gritava por ela. As pessoas ao seu redor até os médicos que ali o socorriam, estranharam seu ato – Está louco – diziam eles. Ele voltou a caminhar só, mas com tanta dor não sabia aonde chegaria, ele cai ao chão desmaiado. Os médicos que ali estava o levaram.
No dia seguinte quando recobra novamente a consciência, ele se viu em um quarto demasiadamente simples, então resolveu levantar-se da cama quando percebeu que não podia fazê-lo, estava em uma cama com amarras e prezo a ela, isso era tudo o que ele perceberá de tudo até aquele momento, admirando novamente seu corpo percebeu que suas feridas não haviam sido tratadas, e elas estavam piorando cada vez mais, algumas hemorragias começam a causar-lhe danos morais a sua mente, não sentia mais suas pernas, nem mesmo conseguia ficar consciente por muito tempo. O médico entrou no quarto junto de sua mãe e alguns parentes, - Com podem ver ele está delirando, não consegue ficar acordado por muito tempo e quando acordada grita por ferimentos e pede por ajuda, mas o seu corpo está totalmente perfeito, um caso clássico de loucura, está apenas tentando chamar atenção – o garoto estava sobre a cama suando frio e as pessoas ali presentes olhavam para ele como se olhassem para um animal raro enjaulado para sobreviver à devastação. Como essas pessoas conseguem olhar uma pessoa nas condições em que ele se encontrava e nada faziam para ajudá-lo, seu corpo já estava pesado e tudo o que ele queria agora era saber o que estava acontecendo, alguns minutos depois ele percebeu que não se aguentava mais vivo. O garoto caiu morto, e aqueles que estavam ao redor apenas se viraram, para ignorar mais um delírio de um ser que não se faz presente na mesma realidade há muito tempo!

J. P Morgado

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